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14 de março de 2023

Painéis solares flutuantes poderão prover um terço da eletricidade global

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Durante a última década, o custo da implantação de painéis solares e obtenção de energia elétrica através do Sol caiu drasticamente. Pesquisadores de Shenzhen, na China, publicaram um estudo na revista Nature, sobre as vantagens da implantação de painéis solares, que se tornam viáveis com o avanço da tecnologia. Apesar de ter implantação e manutenção mais cara do que os painéis solares terrestres, os painéis flutuantes também trazem um benefício adicional: a redução da evaporação da água.

Além disso, a água também pode resfriar os painéis solares flutuantes, levando ao aumento de eficiência em climas quentes. O grupo de pesquisadores divulgou no estudo intitulado “Produção de energia e economia de água com energia solar fotovoltaica flutuante em reservatórios globais” e analisou o potencial global na construção de grandes usinas flutuantes de painéis solares. Os resultados dos estudos foram considerados promissores, apontando a possibilidade de produção de um terço de toda energia global. Os painéis flutuantes podem gerar quase 10.000 TeraWatt-hora por ano e, consequentemente, evitar a evaporação de mais de 100 quilômetros cúbicos de água. Os pesquisadores estimam que a evaporação da água irá reduzir cerca de 45%, um valor bem considerável.

Brasil apresenta alto potencial com painéis solares flutuantes

De acordo com os pesquisadores, a ideia é aproveitar os reservatórios de água onde ocorre a produção de energia com hidrelétricas para gerenciar as duas fontes como uma única unidade de produção. Segundo eles, para preservar o ecossistema dos reservatórios, a área coberta pelos painéis solares flutuantes deve ser de no máximo 30%. Além disso, a presença dos painéis vai impedir a evaporação excessiva de água e auxiliar a manter os níveis dos reservatórios, algo muito importante em épocas de seca.

Os pesquisadores relatam que alguns países em especial apresentam enorme potencial para a produção de energia com painéis flutuantes, sendo que o Brasil é um deles. Dentro do ranking estabelecido, os Estados Unidos fica em primeiro lugar, China em segundo e o Brasil em terceiro. A Índia, Canadá, Rússia, México, Austrália, Turquia e África do Sul, nessa ordem, completam o restante do TOP 10.

Os pesquisadores estimam que existem 40 países que poderiam atender suas demandas totais de energia atuais inteiramente por meio de energia solar flutuante. Os pesquisadores de Shenzhen apontam que, dentre os países citados, o Brasil é o único que já produz energia através dos painéis solares flutuantes de forma significativa, apesar de ainda estar muito longe do potencial total.

Fonte: Mundo Conectado

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