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Manchetes do Mercado

24 de novembro de 2022

70% do frango consumido no Catar é brasileiro

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Com a realização da Copa do Mundo, o pequeno país de quase três milhões de habitantes ganhou visibilidade mundial e algumas curiosidades se tornaram conhecidas, como as que se referem às relações comerciais entre Brasil e Catar. E com a realização do mundial essas exportações em 2022 deram um salto.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), nos dez primeiros meses do ano, em receita, o aumento foi de 67%, e, em volume, de 40%.

Mas por qual motivo a proteína brasileira ganhou tanto espaço naquele país do Oriente Médio?

Primeiro é importante ressaltar que a população do Catar segue predominantemente a religião islâmica, ou seja, que tem o halal como um estilo de vida e rege suas ações, inclusive na alimentação.

Dessa forma, como explica o diretor da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi, o Brasil não conquistou à toa a posição de maior exportador de carne de frango halal do mundo.

Copa do Mundo

Ahmad ressalta que os bons números na exportação do frango brasileiro ao Catar tiveram sim a influência da Copa do Mundo. Com a expectativa de que, durante o evento, o país receba cerca de 1,7 milhões de visitantes, o aumento da compra de alimentos teria um salto.

Mas, para o diretor da CDIAL Halal, esta tendência de alta, mesmo que não seja nos mesmos patamares a esta de 2022, pode acontecer nos próximos anos.

Mercado halal

Engloba quase ¼ da população mundial, em um quantitativo de mais de 1,8 bilhão de pessoas, com estimativa de aumentar para 2,8 bilhões em 2050, segundo o relatório State of the Global Islamic Economy. Este mercado gigantesco deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões até 2024, de acordo com o relatório.

O que é o halal e o que envolve?

Halal significa lícito, permitido para o consumo do muçulmano. Mas, na religião islâmica, o halal reforça valores e envolve regras de conduta, comportamentos, alimentação, além de bens de consumo e serviços.

Dessa forma, o halal vai muito além da alimentação e engloba diversas categorias, como produtos químicos, farmacêuticos, cosméticos e até mesmo diferentes tipos de serviço. Porém, para ser halal, esses produtos não podem conter componentes de origem suína ou álcool. Nesse cenário, indústrias de diversos segmentos podem se tornar aptas a exportar para os países muçulmanos.

Fonte: ClimaTempo

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