COP 27: Brasil pode se tornar importante player no mercado global de hidrogênio
Ministério de Minas e Energia (MME) vai reforçar as ações do governo federal para fomentar a produção de hidrogênio no Brasil durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 27), em Sharml el-Sheikh, no Egito. As iniciativas fazem parte do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) e serão apresentadas, nesta quinta-feira (17/11), pela diretora da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do MME, Marina Rossi.
Serão destacadas ações para exploração do hidrogênio, com abordagens tecnológicas e modelos de negócios híbridos, oferecendo caminhos adicionais para comercialização de forma competitiva. “Nosso objetivo é eliminar gargalos para avanço dessa atividade extremamente promissora, com potencial de gerar emprego e renda pelo País e reforçar o papel de destaque do Brasil na promoção da transição energética mundial”, afirma Marina.
Segundo a representante do MME, o Brasil precisa estabelecer um mercado competitivo e um ambiente de negócios atraente, pautado por regras claras, previsíveis e seguras, se tornando um importante player no mercado global de hidrogênio de baixo carbono. “Nós temos um mercado interno com grande potencial e uma logística robusta para exportar o hidrogênio para os principais mercados internacionais. Ou seja, o hidrogênio pode e deve ser uma realidade no Brasil”, ressalta.
Atualmente, os principais projetos de hidrogênio em andamento estão no Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia. Já foram anunciadas iniciativas no Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Entre os projetos incluídos pelas plantas estão os híbridos de hidrogênio azul e verde, eólica, solar e geração de hidrogênio a partir de água do mar. Existem também memorandos de entendimento assinados entre agentes privados e governos estaduais. Esses projetos totalizam mais de US$ 20 bilhões.
Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2)
Com objetivo de fortalecer o mercado e a indústria do hidrogênio enquanto vetor energético no Brasil, vem sendo discutido, desde 2021, o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2). O PNH2 é formado por um Comitê Gestor – coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e integrado por diversos órgãos e entidades de governo – e cinco Câmaras Temáticas para discussão de questões específicas. A coordenadora do Comitê Gestor do Programa, Agnes da Costa, ressalta que a construção do iniciativa foi feita de forma colaborativa. “Os conceitos e estrutura propostos decorrem de um processo que envolveu participações de diversos stakeholders da cadeia de valor do hidrogênio, incluindo reuniões com empresas do setor, potenciais consumidores e investidores, consultores de energia, advogados, academia e organizações da sociedade civil”, afirma.
Os trabalhos técnicos do PNH2 vêm sendo desenvolvidos por meio das câmaras temáticas. “Atualmente, estamos elaborando um plano de ação trienal, que deverá ser apresentado à consulta pública em dezembro, elencando as atividades a serem desenvolvidas e implementadas em um cronograma de três anos”, afirmou a coordenadora da Câmara de Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo do PNH2, Patricia Naccache.
A coordenadora da Câmara de Planejamento Energético, Samira Fernandes, acredita que o programa é estratégico na questão climática. “O PNH2 possui um papel fundamental na concretização da visão brasileira de transição energética e neutralidade de carbono até 2050”, completa.
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MME na COP 27
Além da diretora da SPE, Marina Rossi, a secretária-adjunta da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (SPG) do MME, Marisa Barros, também irá abordar na COP 27 as oportunidades do Brasil para a transição energética.
O governo brasileiro desenvolve importantes ações para reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE). O Brasil já vem sendo destacado no evento, por contar uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, com 84% de fontes renováveis.
Com isso, o País tem tido relevância na transição energética mundial. A variedade de recursos naturais disponíveis no território brasileiro, além de garantir a segurança energética, é forte aliada no incentivo à diversificação das fontes de energia do País.
Fonte: MME
Publicado em: Variedades