Mercado livre de energia atende 92% do consumo da indústria do Brasil
A indústria brasileira está cada vez mais optando pelo mercado livre de energia, com 92% da eletricidade consumida sendo adquirida nesse ambiente, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). A principal motivação é a busca por preços mais competitivos e previsibilidade nos reajustes. No comércio, esse percentual é menor, apenas 39%, já que a liberalização desse segmento foi acelerada recentemente, em janeiro de 2024.
Expansão e Oportunidades
Ainda há um grande potencial de crescimento para o mercado livre, especialmente no setor comercial. A migração para esse ambiente traz benefícios como a redução de custos e a opção de associar a compra de energia renovável a estratégias sustentáveis. No Grupo A, que abrange consumidores de média e alta tensão, mais de 51 mil já migraram para o mercado livre, aproveitando a oportunidade de escolher o fornecedor.
O Grupo B, composto por consumidores de baixa tensão, ainda está restrito ao mercado regulado, mas se houvesse a possibilidade de migração, a economia anual poderia alcançar R$ 17,8 bilhões. Isso geraria um reinvestimento nas empresas, criando mais de 381,8 mil novos empregos.
Crescimento nas Migrações
Em agosto de 2024, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou um recorde de 2.533 novas migrações para o mercado livre, três vezes mais que em agosto de 2023. Pequenas e médias empresas, como padarias, supermercados e farmácias, foram responsáveis por 72,6% das novas adesões.
Os setores de Comércio e Serviços lideram as migrações, com destaque para supermercados, postos de combustíveis e hotéis. Na indústria, a fabricação de embalagens plásticas e artefatos de material plástico foi um dos segmentos com maior crescimento no mercado livre de energia.
Fonte: Portal Solar