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Manchetes do Mercado

20 de janeiro de 2021

Seguro rural, uma ferramenta de gestão de risco para os distribuidores de insumos I Rodrigo Motroni para revista Andav

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O avanço à adesão ao seguro rural pelos produtores agrícolas brasileiros já é realidade. De acordo com um levantamento divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), até outubro de 2020, 10 milhões de hectares foram segurados com apoio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), criado em 2003. O número superou o ano de 2014, que até então era considerado o de maior marca, atingindo 9,9 milhões de hectares segurados.

Rodrigo Motroni, vice-presidente comercial e de sinistros da NEWE Seguros, diz que o novo panorama está baseado em dois efeitos: “o volume de subvenção disponibilizado pelo Governo mais que dobrou em relação a 2019. Consequentemente, isso cria uma procura maior do produtor pelo seguro. Além disso, a conscientização está aumentando não só para produtor rural, mas para a cadeia como um todo. Algumas regiões do país têm mais adesão do que outras em função de uma percepção de risco maior, como o Sul. Porém, estamos acompanhando um crescimento ano a ano em outras regiões, o que é muito positivo”, aponta.

Em todo o mundo, o seguro é um ótimo mitigador de riscos porque garante estabilidade econômica ao produtor rural em suas safras e o mercado está preparado para oferecer produtos inovadores. “Nossa empresa, por exemplo, trabalha com soluções que certamente ajudarão muito nesta questão, seja para o produtor ou para os Distribuidores, enquanto agentes financeiros.  Focamos nossa atuação no Centro Oeste e na nova fronteira agrícola no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia”, avalia Rodrigo.

O vice-presidente completa: “O Governo Federal percebeu que o mercado privado de seguro e resseguro é perfeitamente capaz de absorver essa demanda, então, cria-se um círculo virtuoso, no sentido de que traz mais governança e transparência para toda a operação e ainda deixa o Governo focar em outras questões mais importantes”.

Tecnologia é o spoiler da vez

Assim como nos seriados, queremos saber o que pode nos surpreender nos próximos anos no âmbito do Seguro Rural. Rodrigo é certeiro em sua resposta: tecnologia!

“Faremos uma análise de risco cada vez mais detalhada. Em um futuro breve, teremos condições automatizadas personalizadas, ou seja, cada área terá uma condição específica em termos de cobertura e taxa. Certamente, os Distribuidores de Insumos têm papel preponderante nesse processo e podem se beneficiar muito de todo o trabalho que vem sendo feito pelas seguradoras. O mercado de seguro agrícola ficou acomodado por tempos, concentrado em poucos players. A partir do momento que existe uma subvenção maior, passamos a olhar para a dor do segurado, do que ele precisa mais”.
É necessário que o mercado se antecipe às tendências. Com a tomada de decisão local, a companhias conseguem se movimentar mais rapidamente, oferecendo soluções
tecnológicas para automatizar processos que tragam transparência, agilidade e personificação.

“Recentemente, passamos por uma revolução tecnológica, investimos em sensoriamento. Hoje, nós podemos fazer uma análise mais detalhada do risco. Quando olhamos algumas regiões do Brasil, existe uma dificuldade muito grande para a questão da inclusão de seguro, porque são produtores maiores que utilizam mais tecnologia e que, realmente, os produtos de seguro disponíveis no mercado não os atendem. Eles precisam de produtos diferenciados de verdade. Por outro lado, as seguradoras têm dificuldade em comprovar o quão melhor eles são em relação à média”, argumenta Rodrigo.

Mais um detalhe importante nesta processo diz respeito à análise de crédito, bastante relevante para os Distribuidores, como explica o VP da NEWE: “quando avaliamos a área e não só o CPF, podemos passar um relatório alertando o Distribuidor de que ele está vendendo insumos para um agricultor que vai plantar numa área que não tem o potencial produtivo desejado, ou se o local tem algum embargo do Ibama. Então, conseguimos fazer um relatório para que ele entenda o risco e tome a melhor decisão de crédito. É algo revolucionário que construímos. Resumidamente, o que queremos é saber a qualidade da terra em termos de potencial produtivo e o histórico dela”, completa.

Por isso tudo, entende-se que o Seguro Rural é bom não só para o produtor, mas também para os Distribuidores de Insumos Agrícolas e para a cadeia como um todo. Mitigar riscos é favorecer o sucesso dos negócios dos Distribuidores de Insumos Agropecuários.

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