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Manchetes do Mercado

4 de janeiro de 2024

IVAR: Índice de Variação de Aluguéis Residenciais variou -1,16% em dezembro de 2023

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Em dezembro de 2023, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) apresentou uma variação negativa de 1,16%. Esta queda é significativamente maior em comparação com a taxa mensal de -0,37% observada no mês anterior. Apesar do resultado negativo no mês, a taxa acumulada nos últimos 12 meses sofreu um pequeno aumento, passando de 7,43% em novembro de 2023 para 7,46% em dezembro do mesmo ano.

Entre novembro e dezembro, houve uma desaceleração nas taxas de variação do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) em três cidades. No Rio de Janeiro, a taxa passou de 2,83% para -3,30%, indicando uma queda mais acentuada. Em São Paulo, a variação foi de -0,98% para -1,62%, também representando uma diminuição. Em Porto Alegre, a taxa desacelerou-se de -0,67% para -0,10%. Contrariamente, Belo Horizonte foi a única cidade entre as analisadas que registrou um aumento nos preços dos aluguéis, mudando de -1,41% para 0,68%, conforme demonstrado no gráfico do press release.

Na análise interanual do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), observou-se uma desaceleração nas taxas em São Paulo, caindo de 5,48% para 4,89%, e no Rio de Janeiro, de 9,27% para 8,27%. Contrariamente, em Belo Horizonte e Porto Alegre, houve um aumento nas taxas, que subiram de 10,26% para 11,53% e de 6,66% para 7,73%, respectivamente.

O IVAR foi desenvolvido para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil. Ver mais sobre a metodologia do índice no box incluído ao final do release.

Qual o valor do IVAR acumulado em 12 meses?
Apesar do resultado negativo no mês, a taxa acumulada nos últimos 12 meses sofreu um pequeno aumento, passando de 7,43% em novembro de 2023 para 7,46% em dezembro do mesmo ano.

O que é o IVAR?
O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), calculado pela Fundação Getulio Vargas, mede a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais em quatro das principais capitais brasileiras – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre – com base em informações anonimizadas de contratos de locação obtidas pelo FGV IBRE junto a empresas administradoras de imóveis. O IVAR representa um aprimoramento das estatísticas sobre aluguéis residenciais do FGV IBRE e, também passa a compor as diferentes versões do IPC/FGV no subitem Aluguel Residencial.

Por que o IVAR foi criado?
Para mensurar a evolução dos valores de aluguéis residenciais no Brasil levando em consideração os valores de transação, ou seja, com base em contratos de locação efetivamente firmados, sejam novos ou contratos renegociados e seus reajustes anuais. O objetivo é oferecer um índice que reflita de maneira mais fiel a realidade do mercado imobiliário, e que sirva como bom balizador também para definição de políticas públicas.

Como o IVAR é calculado?
O índice é calculado considerando-se o valor dos aluguéis, características dos imóveis e efeitos das variações do mercado. Os dados usados na elaboração do IVAR são valores de contratos fornecidos por um conjunto de agentes do mercado imobiliário que fazem a intermediação de operações de locação. A atualização desses valores ao longo do tempo para um mesmo imóvel ocorre em momentos pré-estabelecidos nos contratos para reajustes, ou por negociações entre as partes no meio desses períodos. Um mesmo imóvel é seguido ao longo do tempo em diferentes contratos, como parte da dinâmica natural do mercado. Em qualquer uma dessas circunstâncias, os valores considerados são aqueles efetivamente desembolsados pelos locatários em cada período do tempo, constituindo, portanto, a informação ideal para o cálculo de um índice que reflita a evolução dos fundamentos do mercado imobiliário.

IVAR X IGP-M
O IVAR e o IGP-M são índices bem distintos.

O IGP-M é a média da inflação em três grandes setores da economia, seja o agronegócio e a indústria da transformação, as despesas das famílias e, também, as despesas com materiais e serviços da construção – 60% Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA); 30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC); e 10% Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Dessa forma, o IGP-M é um índice amplo: mede a variação média de serviços e produtos que desafiam várias indústrias e setores da economia. O IGP-M é fortemente influenciado pelo dólar e pelo preço das commodities no mercado internacional.

O IVAR é um índice específico para a medição da variação dos aluguéis residenciais. Mede a variação de preço para qualquer fim.

Fonte: FGV

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