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Manchetes do Mercado

12 de novembro de 2021

Insurtechs prometem ofertas personalizadas para pequeno produtor

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Se depender do apetite das seguradoras pelo agronegócio, o número de agrotechs, startups de tecnologia voltadas para o agronegócio, deve crescer rapidamente em 2022. As insurtechs, startups focadas nos clientes das seguradoras, se unem às agrotechs para viabilizar até mesmo o complexo seguro rural de forma digital.

Entre as 21 insurtechs aprovadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para a segunda edição do sandbox – ambiente regulatório constituído com condições especiais para teste de produtos, serviços ou novas formas de prestar serviços tradicionais – três são dedicadas ao agronegócio: Modelo, Picsel e Inn Tech. Todas prometem usar a tecnologia para ofertar um preço personalizado ao produtor rural.

“Vislumbramos uma oportunidade de negócio que contemplasse os pilares ESG e uma possível solução para um problema que afeta o pequeno produtor brasileiro: a falta de oferta de proteção securitária para mais de 4 milhões de famílias. Apenas 10% desse universo conta com o Pró Agro e Pró Agro Mais”, conta Carlos Caputo, CEO da NEWE Seguros e presidente da CBM, responsável pela Modelo, nome ainda provisório da insurtech incluída no sandbox.

Caputo afirma que a equipe da Modelo investiga experiências bem-sucedidas na Argentina, México, América Central e África e investe para trazer soluções 100% digitais e escaláveis. ” Contratamos um time de cientistas de dados especialistas, para desenvolver aplicativos para subscrever e precificar os riscos individualmente.”

A Picsel possui uma plataforma que permite contratar e monitorar remotamente as propriedades seguradas, antecipar as perdas e simplificar as vistorias de sinistros pelos peritos, explica Daniel Miquelluti, co-fundador e diretor operacional. “Temos como missão facilitar a contratação do seguro e desburocratizar o processo para o corretor e o produtor rural.”

Já a Inn Tech prevê iniciar a plataforma com soja e depois expandir para milho em julho de 2022. “O modelo vem sendo desenvolvido e testado por dois anos e, com as informações já coletadas, poderemos realizar vários ensaios com os perfis das áreas de risco e bonificar o produtor que adota boas práticas agrícolas”, conta o presidente Juarez Gonçalves Dias.

As insurtechs elegíveis para o sandbox fazem parte de um ecossistema que já conta com mais de 1,5 mil startups de tecnologia mapeadas pelo Radar Agtech Brasil 2020/2021. Dessas, 42 atuam na classificação “antes da fazenda” em finanças, em nichos como crédito, câmbio, seguro, créditos de carbono e análise fiduciária.

As seguradoras tradicionais aproveitam a agilidade das novatas e fazem parcerias. A Brasilseg, que detém 55% das vendas totais de seguros, é um exemplo. Além da Broto, anunciou parceria com a Agtech Garage, um hub de inovação mundial com mais de 55 grandes empresas, startups, produtores, investidores, academia, entre outros atores do ecossistema de inovação e empreendedorismo do agronegócio.

Fonte: Valor Econômico

 

 

 

 

 

 

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