O Estado de Santa Catarina busca alternativas para reduzir sua dependência de milho na alimentação de plantéis de aves, suínos e bovinos. Conforme nota da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, a ideia é reforçar o apoio ao plantio de cereais de inverno, como trigo, triticale e cevada.

O tema foi debatido nesta segunda-feira entre o secretário de Agricultura, Altair Silva, e o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, em Chapecó (SC). Entre as propostas, está ampliar em 120 mil hectares o plantio desses grãos no Estado. “Neste momento, por exemplo, os suinocultores independentes passam por dificuldades devido à elevação nos preços do milho e ao alto custo de produção”, disse Silva, na nota. “Desta forma, os grãos de inverno podem se tornar uma alternativa importante para os produtores e para o agronegócio catarinense.”

Santa Catarina é um dos maiores importadores de milho do Brasil. Todos os anos, mais de 4 milhões de toneladas do grão são importadas de outros Estados e países para abastecer a cadeia produtiva de proteína animal. “Este ano teremos dificuldades para importação de mais de 5 milhões de toneladas de grãos e precisamos buscar alternativas, ocupando as terras paradas no inverno”, acrescentou Lorenzi. “Outra medida importante é a abertura da Rota do Milho, precisamos que o milho chegue em Santa Catarina com um custo menor.” A Rota do Milho consiste em trazer o grão do Paraguai diretamente para o oeste catarinense.