O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês), com sede em Londres, reduziu em seu relatório de janeiro, mais uma vez, sua previsão de produção global de grãos na temporada 2020/21. Agora, o corte foi de 9 milhões de toneladas, para 2,210 bilhões de toneladas. A redução é resultado de uma estimativa menor para a produção de milho por causa de perdas nos Estados Unidos, na Argentina e no Brasil. Mesmo com o corte, esse volume, caso confirmado, será recorde.

A entidade também reduziu a previsão para o consumo total de grãos em 5 milhões de toneladas, para 2,216 bilhões de toneladas. A justificativa é uma menor expectativa de uso de milho para ração animal e nas indústrias. Com isso, o IGC revisou a expectativa para os estoques de passagem no fim de 2020/21. Eles agora estão previstos em 611 milhões de toneladas, 5 milhões de toneladas a menos do que o IGC previa em novembro.

A estimativa para a colheita de milho caiu 13 milhões de toneladas, para 1,133 bilhão de toneladas. Quanto ao consumo, foram cortadas 8 milhões de toneladas ante à projeção de novembro, para 1,161 bilhão de toneladas. A projeção para os estoques de passagem recuou 7 milhões de toneladas, para 268 milhões de toneladas.

A previsão para produção de soja na safra 2020/21 foi revisada para baixo em 6 milhões de toneladas, para 359 milhões ante 365 milhões, na comparação mensal, principalmente por preocupações com o clima na América do Sul. Em relação ao consumo da oleaginosa, a projeção passou de 369 milhões para 365 milhões de toneladas. Já os estoques de passagem foram mantidos em 45 milhões de toneladas.

Quanto ao trigo, a estimativa de produção foi pouco alterada, de 769 milhões de toneladas para 768 milhões de toneladas, volume recorde, enquanto o consumo subiu de 752 milhões de toneladas para 753 milhões de toneladas. Os estoques finais ficaram estáveis, em 15 milhões de toneladas.

O índice de preços de Grãos e Oleaginosas do IGC avançou 10% entre novembro e janeiro. Segundo a entidade, o indicador foi impulsionado principalmente por ganhos no preço médio de milho e soja.