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Manchetes do Mercado

28 de agosto de 2020

Desempenho do agro e reforço na subvenção trazem otimismo para seguro rural, avalia NEWE

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GLOBO RURAL – Empresa encerrou o primeiro semestre com crescimento de 68% na captação de prêmios, com atuação exclusiva na área agropecuária.

O desempenho positivo do agronegócio, mesmo com a pandemia, e o aumento dos incentivos por parte do governo trazem uma perspectiva otimista para o mercado de seguro rural no Brasil. A avaliação é de executivos da NEWE, que vem crescendo em 2020 e está começando a implantar uma estratégia de diversificação, mas ainda tem no setor agropecuário a maior parcela de sua receita.

No primeiro semestre, a empresa acumulou R$ 65,55 milhões em prêmios emitidos, 63,7% a mais que o registrado no mesmo período no ano passado, quando o total tinha sido de R$ 40,02 milhões. A NEWE associa o resultado positivo à sua proposta de atendimento do segurado e ao aumento do orçamento previsto para a subvenção dos prêmios, que diminui o custo para o produtor rural.

“Investimos na área digital e na área de sinistros. Isso tem dado bons resultados. E esperamos melhorar ainda mais”, afirma Carlos Caputo, CEO da empresa.

De acordo com a direção, ao menos 90% dos sinistros relacionados às perdas nas lavouras da região Sul na safra 2019/2020 já tinham sido pagos até maio. Quase todas as apólices de seguro contratadas por produtores do Rio Grande do Sul foram acionadas por conta da estiagem sobre as lavouras. E, apesar das restrições trazidas pela pandemia, que interferiu no trabalho dos peritos, foi possível agilizar os pagamentos.

“Fizemos uma operação de guerra no Rio Grande do Sul por causa da pandemia”, explica o vice-presidente da área de sinistros da NEWE, Rodrigo Motroni.

Crescimento

A Newe nasceu no segundo semestre de 2019 da troca do controle acionário da brasileira da Markel Seguros, multinacional que atuava no segmento de seguro rural no país. Em 2020, o primeiro ano inteiro de operação totalmente nacional, a companhia acredita em crescimento do mercado, com o seguro rural acompanhando a resiliência que vem sendo demonstrada pelo setor agropecuário ao cenário trazido pelo coronavírus.

Diante da pandemia, o agronegócio tem apresentado resultados positivos, ajudado pela alta do dólar e preços elevados. Indicadores apontam cotações em níveis históricos de produtos como soja, milho e arroz. E, mesmo que as projeções sejam menores do que anteriormente, a expectativa é encerrar 2020 com crescimento, diferente do que vem sendo previsto para outros setores da economia brasileira.

Outro fator de otimismo, de acordo com os executivos, é o maior incentivo do governo, elevando o orçamento do programa de subvenção ao seguro rural. No Plano Safra 2020/2021, o Ministério da Agricultura informou que a previsão é destinar R$ 1,3 bilhão para custear parte dos prêmios das apólices.

“O governo tem bastante interesse em aumentar a área segurada, o número de propriedades com seguro e de agricultores que se beneficiam disso. Vem anunciando que quer aumentar o subsídio e nos preparamos para esse aumento. O subsídio tem uma relação direta com a decisão do produtor de adquirir o seguro”, explica Caputo.

“Por qualquer métrica que você olhe, tem um espaço para crescer dentro desse seguro, que é enorme. E isso passa por criar a cultura do seguro, por migrar a cultura do subsídio ao crédito para a cultura do subsídio ao prêmio do seguro”, acrescenta Motroni.

Expansão e diversificação

Atualmente, as apólices da NEWE são concentradas em soja, milho e trigo. Mas está nos planos atuar em outros segmentos, como frutas. E, segundo seus executivos, a empresa aguarda aprovação de um seguro com a ideia não só de proteger a receita dos produtores como também contra riscos relacionados à variação dos preços. A expectativa é de começar a comercializar esse produto ainda neste segundo semestre.

Outra aposta é na agricultura familiar. O governo lançou um programa-piloto de subvenção do seguro rural para operações enquadradas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Estamos nos preparando para atender esse pequeno produtor ou agricultor e estamos investindo em tecnologia para atendê-lo de uma forma possível, porque senão o custo fica inviável”, garante Carlos Caputo.

A empresa está também diversificando sua atuação no mercado de seguros. Até o primeiro semestre deste ano, operava praticamente apenas no setor agropecuário, explica o CEO. Em julho, começou a atuar em seguros de garantia e está estruturando sua entrada em segmentos como responsabilidade civil e segurança digital (cyber).

 

 

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