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Manchetes do Mercado

24 de novembro de 2021

Defensivos/Sindiveg: Área tratada cresce 8,7% no 3º trimestre, para 209,3 milhões de hectares

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O agricultor brasileiro aumentou em 8,7% a área tratada com defensivos agrícolas no terceiro trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado. No total, 209,3 milhões de hectares foram tratados no período ante 192,4 milhões de hectares no 3º trimestre de 2020, representando aumento de 16,8 milhões hectares. As informações são do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).

A soja foi o produto com maior área tratada no período (32% do total), seguida por pastagem (20%), trigo (12%), milho (10%), cana-de-açúcar (7%) e demais cultivos, informa o sindicato.

O presidente do Sindiveg, Julio Borges, disse na nota que “esse resultado decorre de uma série de fatores, com destaque para o início do plantio de verão e o esperado aumento da safra 2021/2022, além da expectativa de preços firmes das principais commodities”. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu mais recente levantamento, projeta a próxima safra de grãos 2021/22 em 288,6 milhões de toneladas, aumento de 14% ante 2020/2021 (252,7 milhões de t).

Em volume, os defensivos aplicados no 3º trimestre atingiram 154,6 mil toneladas, ante 145,1 mil toneladas em igual período de 2020 (+6,6%). Entre os principais segmentos de produtos, verificou-se crescimento de 14% no uso de fungicidas (de 12,8 mil t para 14,5 mil t), 12% no uso de inseticidas (de 14,8 mil t para 16,5 mil t), de 7% no uso de tratamento de sementes (1,7 mil t para 1,8 mil t) e 4% no uso de herbicidas (de 104,8 mil t para 109,3 mil t). Os dados foram encomendados pelo Sindiveg à Spark Consultoria Estratégica.

O valor de mercado dos defensivos agrícolas aplicados chegou a US$ 1,7 bilhão, com elevação de 21,7% sobre julho a setembro de 2020 (US$ 1,4 bilhão). Destaque para a soja, que aumentou sua participação de 24% para 26% do total, chegando a US$ 435,1 milhões. Também houve elevação na participação do milho (8% para 9%), trigo (8% para 9%), feijão (4% para 5%) e algodão (2% para 3%). A cana-de-açúcar, por outro lado, diminuiu participação em três pontos percentuais (de 21% para 18%), atingindo US$ 303,5 milhões, enquanto hortifrúti passou de 11% para 10%. Esse índice inclui o lucro dos distribuidores e desconta as vendas para estoque.

O presidente do Sindiveg destacou que o setor mostra preocupação em relação ao cenário global, “que é instável, por causa da escassez de matérias-primas importadas, elevação dos custos e, especialmente, falta de garantia de entrega de insumos pela China, nosso principal fornecedor”. Segundo ele, “o Sindiveg está em alerta sobre a elevação dos custos de matérias-primas importadas e os problemas de logística. Especialmente nas últimas semanas, temos enfrentado dificuldades para recebimento de importantes insumos. A entidade e todas as indústrias associadas trabalham incansavelmente para equacionar a situação o mais rápido possível, para evitar eventual falta de insumos, mas o cenário é extremamente preocupante”.

Fonte: Broadcast Agro

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