Ciberataques no Transporte de Cargas Crescem e Exigem Medidas de Segurança
O Brasil enfrentou uma média de 2.766 tentativas semanais de ataques cibernéticos no terceiro trimestre de 2024, representando um aumento de 95% em relação ao mesmo período do ano anterior. O setor de transporte rodoviário de cargas, um dos pilares da economia nacional, está entre os mais afetados por essas ameaças digitais.
O estado do Paraná, que ocupa a 4ª posição no PIB brasileiro, se destaca pelos investimentos em infraestrutura rodoviária e expansão portuária. Além disso, foi a 5ª unidade da federação com maior volume de exportações em 2024, segundo o IPARDES com base em dados do MDIC. No entanto, essa evolução também atrai desafios, como o aumento dos ciberataques contra transportadoras.
O Relatório de Inteligência de Ameaças da NetScout apontou que o Brasil é o segundo país mais atingido por crimes cibernéticos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Somente no primeiro semestre de 2024, foram registradas 25.620 ocorrências no setor de transporte de cargas, tornando-o a segunda maior vítima desses ataques.
Para enfrentar esse cenário, o SETCEPAR (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná) tem promovido campanhas de conscientização e disseminado boas práticas de cibersegurança entre seus associados. Segundo o presidente da entidade, Silvio Kasnodzei, ataques cibernéticos podem impactar financeiramente as transportadoras, além de prejudicar sua reputação e operações logísticas.
“O roubo de informações facilita fraudes, desvio de cargas e tentativas de extorsão, além de comprometer a produtividade com interrupções operacionais”, alerta Kasnodzei.
O Brasil tem ampliado seus investimentos em segurança digital, destinando US$ 3,3 bilhões em 2024, com previsão de alcançar US$ 5,46 bilhões até 2029. O SETCEPAR recomenda que transportadoras adotem firewalls, softwares de proteção e práticas seguras, como senhas robustas e autenticação de dois fatores.
Kasnodzei reforça a importância da parceria entre o setor privado e o poder público para o fortalecimento da cibersegurança: “O combate ao crime digital exige tecnologia, treinamento e colaboração jurídica para garantir um ambiente mais seguro para as transportadoras”.
Fonte: Porto Gente
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