Ouvidoria 0800 718 2048 | SAC 0800 200 6070 | Sinistros 0800 202 2042

Manchetes do Mercado

28 de abril de 2021

Cargill vê perspectiva positiva para exportação e margens de esmagamento de soja em 2021

Compartilhe

A Cargill vê exportação de soja do Brasil aquecida em 2021 com a safra recorde que está terminando de ser colhida e demanda chinesa firme, diz o presidente da empresa no Brasil, Paulo Sousa. O executivo projeta margens de esmagamento estáveis, mas ainda “em uma situação positiva” no País, com a comercialização lenta de soja para esmagamento na Argentina, procura global forte e competitividade da indústria brasileira. As exportações de milho, contudo, dependerão do tamanho da safrinha, que atualmente passa por um período de clima desfavorável ao desenvolvimento, segundo o executivo.

“Este ano começou muito bom para exportação, com volumes recordes sendo exportados de soja, e uma safra recorde também, então essa parte segue muito bem”, diz Sousa. Do lado da demanda, a expectativa é de continuidade do interesse da China por soja brasileira em 2021. “A China continua sendo o maior comprador de soja do Brasil disparado. Com a reposição dos estoques de suínos lá, isso dá uma base de demanda maior para a soja brasileira. Permanece sendo um cenário bastante positivo”, afirma o executivo.

Há preocupação, todavia, com o risco climático para o milho safrinha, que foi plantado com atraso e, em parte, fora da janela ideal, após o plantio e colheita de soja terem atrasado no País. “Tem alguns Estados do Brasil, notadamente Mato Grosso do Sul, Paraná, parte de São Paulo, Minas e Goiás, que estão com chuvas abaixo do esperado e, com isso, já estamos tendo uma redução nos números projetados para a produção de milho. Isso, claro, não é muito positivo.”

Para o mercado doméstico de alimentos, onde a Cargill atua com óleos de cozinha e compostos, atomatados, maioneses e molhos para salada, a limitação de renda em consequência do desemprego com a crise da pandemia de covid-19 é um fator de preocupação. “Sabemos que agora não tem como o País arcar com o mesmo nível de auxílio emergencial que tivemos no ano passado”, afirma o executivo. “O cenário doméstico é mais desafiador do que o cenário para exportação.”

Quanto às margens de esmagamento de soja, Sousa espera estabilidade ante 2020 “mas em uma situação positiva”. “O ano passado foi um ano bom. O cenário global de esmagamento de soja foi positivo”, afirma. “Um fator muito importante aí é Argentina, onde o produtor segurou muito a soja e, com isso, o esmagamento caiu. O país esmagou menos do que geralmente esmaga, e isso em geral acabou permitindo que o resto do mundo tivesse margens melhores.” Para este ano, produtor argentino pode continuar retendo a oleaginosa. “Vai ser uma comercialização bem arrastada (na Argentina). Dá a chance de o Brasil também se posicionar para exportar bastante farelo.” Do lado do óleo de soja, a demanda doméstica é forte, mas precisa ser monitorada, segundo o executivo, em virtude do problema de renda, além da incerteza sobre o mercado de biodiesel. “Tem alguns fatores que não são tão altistas em termos de margem, mas, por outro lado, a demanda global continua muito forte e a indústria brasileira está bem competitiva.”

Fonte: Broadcast Agro

Publicado em: ,