Golpe de investimento explora redes sociais e inteligência artificial: crescimento de 335% em 2024
Pesquisadores da ESET identificaram um golpe sofisticado de investimento, denominado “Nomani”, que combina inteligência artificial e redes sociais para manipular vítimas globalmente. Com um crescimento alarmante de 335% em 2024, o esquema já conta com mais de 100 links fraudulentos detectados diariamente.
O golpe utiliza anúncios maliciosos e perfis falsos em plataformas como Facebook, Threads e Messenger para promover sites fraudulentos que simulam portais de notícias ou oferecem serviços fictícios de investimento em criptomoedas, como “Quantum Bumex” e “Bitcoin Trader”.
Como funciona o golpe
Os criminosos coletam informações pessoais por meio de sites de phishing, como contatos e documentos, para manipular as vítimas. Promessas de lucros exorbitantes atraem os usuários a investirem em produtos financeiros inexistentes. No momento do saque, são exigidos pagamentos adicionais, resultando em mais dados roubados. Em alguns casos, as vítimas são levadas a instalar aplicativos de acesso remoto ou contrair empréstimos, aumentando as perdas financeiras.
Evidências e operações globais
A ESET aponta indícios de que o Nomani seja operado por cibercriminosos de língua russa, com base no uso de ferramentas do Yandex e códigos em cirílico nos sites. O golpe envolve equipes especializadas na criação de sites fraudulentos, roubo de contas e operação de call centers para ludibriar as vítimas.
Casos semelhantes foram desmantelados globalmente. Na Coreia do Sul, uma rede criminosa causou prejuízos de 6,3 milhões de dólares utilizando mensagens SMS e vídeos no YouTube para atrair vítimas. Além disso, espiavam dispositivos e bloqueavam saques, agravando as perdas.
Prevenção e alerta
Os usuários devem desconfiar de anúncios com promessas de lucro fácil e evitar compartilhar informações pessoais em sites não verificados. É essencial denunciar links suspeitos e manter a proteção de dispositivos atualizada para evitar ser vítima de fraudes.
Fonte: BoletimSec